quinta-feira, 14 de outubro de 2010

CEEP em Logística e Transportes Luiz Pinto de Carvalho é finalista da 5ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente

O Centro Estadual de Educação Profissional em Logística e Transportes Luiz Pinto de Carvalho, em Salvador, é um dos finalistas da 5ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma das maiores instituições científicas do Brasil, com renome internacional, em parceria com a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco). Duas ações pedagógicas apresentadas pelos estudantes do CEEP foram selecionadas para a etapa final da Olimpíada marcada para o próximo dia 21, no Rio de Janeiro. A primeira é o jornal “A voz de Gaia”, concorrente na categoria “Elaboração de Textos”. E a outra denominada: “Lixo para que te quero? Popularização das Ciências e Estudos de Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) na escola” foi selecionado na categoria “Projeto de Ciências”.

Irão para o Rio de Janeiro, as estudantes Aline Carneiro e Bruna Helem, do 3º ano do ensino médio, acompanhadas pelo professor articulador da Educação Profissional do CEEP, Alex Vieira. O professor explica que os projetos selecionados estão inseridos no trabalho de popularização das ciências desenvolvido na unidade desde 2005, inicialmente aproveitando a Semana Nacional de Ciência & Tecnologia e atualmente perpassado outras atividades visando despertar o interesse dos/as estudantes pelo tema no CEEP. Estas iniciativas são previstas no Plano de Educação Profissional da Bahia, pois a iniciação científica e a intervenção social por meio das tecnologias sociais são parte dos princípios pedagógicos adotados pela Superintendência da Educação Profissional.

O RIO CAMARAJIPE - O jornal “A voz de Gaia” é um dos frutos destas experiências. Na primeira e única edição, de maio de 2010, os estudantes relataram a situação do Rio Camarajipe, no bairro Boa Vista do São Caetano. Mostraram como o rio, de 14 km, está sendo impactado ao longo dos anos principalmente por questões decorrentes da expansão urbana. São impactos gerados, por exemplo, pelo acúmulo de lixo, despejo de efluentes, derrubada de matas ciliares e ocupação das margens por construções irregulares. Há relatos que na década de 70, o rio teve seu curso alterado. Na edição do jornal, são apresentadas também consequências para a população em função da poluição do Camarajipe: enchentes, proliferação de ratos e mosquitos e de doenças. Apresentam ainda, relatos de moradores antigos sobre o tempo em que o rio era vivo, quando se podia tomar banho e até pescar.

A experiência do jornal foi tão bem sucedida que o impresso passará a ter edições semestrais, sempre com a temática envolvendo “Popularização da Ciência”. As próximas edições contam com o envolvimento direto dos/as estudantes dos cursos técnicos em Refrigeração e Climatização, Eletrotécnica e Logística. O professor Alex Vieira, mestre e doutorando em Ensino, Filosofia e História das Ciências, disse que a seleção das ações pedagógicas motiva a comunidade estudantil. “É um ganho pelo reconhecimento do trabalho desenvolvido de dentro do centro para a comunidade. É o reconhecimento do trabalho das estudantes que passaram dois, três meses em campo, pesquisando e sabendo o que é fazer ciência”, avalia.

A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente tem caráter educativo e objetiva estimular os/as estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e de Ensino Médio, de escolas públicas e privadas, reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC), a construírem conhecimentos e refletirem de forma crítica e criativa sobre questões e problemas relacionados à saúde e ao meio ambiente.

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