Como consolidar em todo o país a Educação de Jovens e Adultos (EJA) de forma articulada com a Educação Profissional enquanto uma política pública que contribua efetivamente para a elevação da escolaridade, formação do trabalhador e sua inserção no mundo do trabalho? Esta foi uma das questões que nortearam o Seminário “Cenários do Proeja: diálogos interinstitucionais”, realizado nos últimos dias 16 e 17, no Paraná e que contou com a participação de gestores da Educação Profissional da Bahia.
No âmbito das ações do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja) e para pesquisadores, o seminário abordou temáticas vinculadas à institucionalização como política pública, formação de professores e práticas específicas do Proeja. Esta modalidade de oferta de Educação profissional é crucial para a Bahia que ainda apresenta índices de escolaridade da População Economicamente Ativa (PEA), abaixo da média nacional, fruto da alta taxa de analfabetismo que vem sendo diminuída pela ação da Secretaria da Educação do Estado. Por isso, prevê-se a integração de políticas, com a matrícula de egressos do TOPA nos cursos de Proeja ensino fundamental e dos egressos da EJA no Proeja ensino médio.
No seminário, foram levantados pontos polêmicos como a formação para além da empregabilidade e o distanciamento da escola com a linguagem do trabalhador. Destacou-se a necessidade das políticas públicas para a Educação Profissional promoverem o diálogo com as pesquisas educacionais dos meios acadêmicos e com os movimentos sociais, focando o trabalho como princípio educativo, questões relacionadas à linguagem, certificação, currículo integrado, tempo do estudante, tempo do educador, dando ênfase ao processo de formação daqueles que atuam com a formação dos professores.
A professora Teresa Vilaça, diretora da Superintendência da Educação Profissional,que participou do evento juntamente com as técnicas Andréa Pereira e Leise Machado, disse que os debates contribuirão pedagogicamente para fortalecer o Proeja na Bahia. “O Proeja lida com pessoas que foram historicamente excluídas do processo de escolarização. O grande desafio, pedagogicamente falando, é tornar a escola cada vez mais acessível, com uma educação integral voltada para a formação de uma consciência social dos/as trabalhadores/as”.
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