
Os estudantes do 2º ano do curso Técnico em Edificações, do Centro Territorial de Educação Profissional do Semiárido Nordeste II, em Ribeira do Pombal, concorrem com a “Casa Ecológica” construída utilizando materiais reaproveitados como garrafas pets, cordas e madeiras. Os estudantes envolvidos no projeto são Fernando Souza dos Santos, Maria Aparecida Freire Santos e Thainá Alves dos Santos Santa Rosa.
Os estudantes do curso Técnico em Agroindústria, do Colégio Estadual Pio XII, em Jaguaquara, apresentarão o “Secador Econômico” feito à base de papelão, folhas de jornais, plástico e outros materiais reaproveitáveis, como embalagem de alimentos composto por papel laminado. Serve para desidratação de produtos como tomates transformando-os em tomates secos. Foi desenvolvido pelos estudantes Rafael Costa, Josenira Marques e Cleriston Santos de Jesus.
O outro projeto também dos estudantes do Técnico em Agroindústria, do Pio XII, Maílson Silva Santos, Alana Araújo Rodrigues e João Pedro Sena Santos, é o biodigestor que é ativado por esterco bovino, água e vegetais, gerando o biogás. Maílson explica que a idéia surgiu para evitar o descarte inadequado dos legumes, frutas e hortaliças, oriundas do setor hortigranjeiros do município. “Jaguaquara é um grande produtor na região do setor hortigranjeiros, daí analisamos e vimos a necessidade de construir um biodigestor que gera o biogás para ser utilizado por produtores rurais no preparo de alimentos. O material, que fica no biodigestor, é retirado para servir como adubo orgânico e biofertilizante. Nosso projeto tem um olhar 100% ambiental”, afirmou.
Formação Integral – Na Rede Estadual, a Educação Profissional tem o trabalho como princípio educativo, a intervenção social como princípio pedagógico e visa a formação integral dos estudantes, articulando às diferentes formas de educação, trabalho, ciência e tecnologia. A professora Valéria Maria Souza Brito, orientadora do projeto “Secador Econômico”, ressalta que incentivar os estudantes na participação de atividade de extensão como a Febrace é um dos papéis da Rede objetivando essa formação. “Temos a obrigação de incentivar nossos estudantes para a construção de um mundo melhor. A formação que recebem, pautada na Educação Profissional, possibilita que tenham um aprendizado interdisciplinar visando a melhoraria da sociedade em que vivem”, disse.
Maria José Silva Almeida, orientadora do projeto, explica que a Casa Ecológica é o modelo ideal para corresponder as necessidades de uma sociedade que tanto prega a sustentabilidade. “Reaproveitar garrafas PET’s na construção de casas é uma alternativa sustentável por dar utilidade a todo esse material usado indiscriminadamente pela sociedade de consumo. O nosso projeto demonstra que existe a possibilidade de reduzir o lixo nos aterros sanitários, além de apontar as suas conseqüências nos processos de decomposição de materiais orgânicos. É um processo econômico, pois consome apenas 30% da energia necessária para produção da maneira prima”, justifica.
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