Foto: Arquivo pessoal |
“Já tínhamos ouvido na televisão os poderes inseticida e medicinal da planta. Daí que descobrimos que no próprio CETEP temos muita dessa espécie. Como estamos vivendo muitos casos de dengue, zika e chikungunya na cidade, resolvemos fazer o experimento, que resultou no repelente natural”, relata a estudante do curso técnico de Enfermagem, Eliene Pereira, 33 anos, ressaltando que “depois de testarmos o produto em nós mesmo, constatamos que ele é mesmo eficiente”.
Foto: Arquivo pessoal |
Como fazer
A composição do repelente natural, explica a estudante, é simples: 500 ml de álcool, 200g de cravo, 1 colher de sopa de qualquer óleo corporal (amêndoa, por exemplo) e 100g da folha de Nim. “Deixa toda a planta em infusão na mistura dos outros ingredientes de oito a dez dias. Depois, coa, distribui o líquido em pequenos vasilhames e está pronto o produto para uso frequente”, detalha Eliene Pereira, que diz se sentir “realizada” por estar contribuindo para conscientizar e ajudar as pessoas no combate ao mosquito, “mostrando-lhes que o primeiro passo é a prevenção”.
A vice-diretora pedagógica do CETEP do Portal do Sertão, Luciana Macario, ressalta que a atividade possibilita que os estudantes aliem teoria e prática e aprendam o valor social da futura profissão. Destaca ainda que a experiência tem garantido uma mobilização da comunidade escolar e da população em geral na prevenção das doenças transmitidas pelo mosquito. “Os alunos têm ensinado a população a fazer o repelente natural para evitar a picada do mosquito Aedes aegypti e contribuído para a melhoria da qualidade de vida das pessoas em seu entorno através de um produto que é feito com uma planta de fácil cultivo e, além disso, os demais ingredientes utilizados são baratos”, afirma, ressaltando a participação dos estudantes no Dia D contra o Aedes, promovido pelo Núcleo Regional de Educação (NRE-19), em Feira de Santana.
Sobre o Nim
Conhecida na Índia há mais de dois mil anos, a Nim (Azadirachta indica A Juss) foi trazida para o Brasil em 1992, pelas mãos de pesquisadores brasileiros, que passaram a testá-las como inseticida pelas suas características medicinais no tratamento de uma infinidade de doenças. Mais recentemente, ficou constatado que produtos à base da espécie têm se mostrado uma alternativa de baixo custo, o que tem despertado grande interesse da classe científica, inclusive na produção de mudas. Bastante resistente à seca, a planta pode se desenvolver em qualquer solo, tendo preferência pelos arenosos profundos. Sua propagação pode ser feita por sementes ou estacas provenientes das raízes.
Fonte: Portal da Educação
Nenhum comentário:
Postar um comentário