quarta-feira, 30 de março de 2016

Estudantes participam de desfile pelos 467 anos de Salvador

Fotos: Marçal
Mais de 500 es­tu­dantes da rede pú­blica es­ta­dual par­ti­ci­param de um des­file de fan­farras nas ruas do Pe­lou­rinho, pelos 467 anos da ca­pital baiana. Em­pol­gados, os par­ti­ci­pantes da marcha, também, es­ti­veram en­vol­vidos em uma ação pe­da­gó­gica com o ob­je­tivo de for­ta­lecer a cam­panha de com­bate ao Aedes aegypti, com a exi­bição de faixas e dis­tri­buição da car­tilha edu­ca­tiva do Go­verno do Es­tado. Par­ti­ci­param do evento alunos dos co­lé­gios es­ta­duais Aze­vedo Fer­nandes (Pe­lou­rinho), Vis­conde de Mauá (São Cris­tovão), Pro­fessor Carlos Al­berto Cer­queira (São Ca­e­tano), Dinah Gon­çalves (Va­léria) e João Ca­ribé (Pa­ripe), além do Centro Es­ta­dual de Edu­cação Pro­fis­si­onal em Gestão, Ne­gó­cios e Tu­rismo Luiz Na­varro de Brito (La­pinha).

Estes alunos re­pre­sentam os 218.194 mil es­tu­dantes de Sal­vador aten­didos pela rede es­ta­dual de en­sino, em 232 es­colas, nos mais di­fe­rentes bairros da ca­pital baiana. Destes, 94.698 são ma­tri­cu­lados no En­sino Médio e 15.402 na Edu­cação Pro­fis­si­onal. Em­bora a oferta do En­sino Fun­da­mental seja, pri­o­ri­ta­ri­a­mente, uma com­pe­tência do mu­ni­cípio, a rede es­ta­dual as­sume a mai­oria do aten­di­mento, be­ne­fi­ci­ando 108 mil es­tu­dantes do Fun­da­mental I e II.

A es­tu­dante Émile Santos, 11 anos, 7ª ano do En­sino Fun­da­mental, do Co­légio Pro­fessor Carlos Al­berto Cer­queira, não es­condia a emoção de estar par­ti­ci­pando pela pri­meira vez de um des­file de fan­farras. Junto a ou­tras co­legas, também es­tre­antes, ela dizia, em nome de todas: “É muito im­por­tante para nós este des­file, porque Sal­vador foi a pri­meira ca­pital do Brasil e, estar aqui co­me­mo­rando os seus 467 anos, com a fan­farra do meu co­légio, me deixa muito feliz”.

Fotos: Marçal
O es­tu­dante Weslley Lopes, 17 anos, 1º ano em Ad­mi­nis­tração Pro­fis­si­onal do Centro Es­ta­dual de Edu­cação Pro­fis­si­onal em Gestão, Ne­gó­cios e Tu­rismo Luiz Na­varro de Brito, era um dos mais or­gu­lhosos e par­ti­ci­pa­tivos do des­file. “Fan­farra é vida! Ela tem uma im­por­tância muito grande na his­tória de cada um de nós. Eu, por exemplo, aprendi a ter mais dis­ci­plina, a ser mais or­ga­ni­zado e a ad­mi­nis­trar me­lhor o meu tempo. Estou feliz por estar nas ruas do Pe­lou­rinho no dia que Sal­vador faz ani­ver­sário. Isso para mim é uma honra”, disse o aluno que, na Fan­farra Na­varro de Brito é res­pon­sável pela ori­en­tação dos mú­sicos du­rante o tra­jeto per­cor­rido.

Re­vi­ta­li­zação - A pos­si­bi­li­dade de aprender a tocar um ins­tru­mento e de cons­truir uma prá­tica co­le­tiva vem sendo trans­for­ma­dora para muitos ado­les­centes e jo­vens bai­anos. Foi com essa pro­posta que o go­ver­nador Rui Costa lançou, em no­vembro de 2015, uma par­ceria com os Nú­cleos Es­ta­duais de Or­ques­tras Ju­venis e In­fantis da Bahia (Ne­o­jiba), dentro do pro­grama Educar para Trans­formar – um Pacto pela Edu­cação, vi­sando pro­mover o for­ta­le­ci­mento e es­tru­tu­ração das fan­farras e coros das es­colas es­ta­duais na Bahia.

Fotos: Marçal
As bandas de fan­farra dos co­lé­gios da rede es­ta­dual fun­ci­onam como uma porta de en­trada para a prá­tica da mú­sica. “As fan­farras têm um ca­ráter pe­da­gó­gico mo­ti­vador, que res­gata nos es­tu­dantes a sua au­to­es­tima e os opor­tu­nizam a pos­si­bi­li­dade de to­carem um ins­tru­mento”, afirmou Cleide Araújo, da Co­or­de­nação de Edu­cação In­te­gral da Se­cre­taria da Edu­cação.

A di­re­tora do Co­légio Es­ta­dual Aze­vedo Fer­nandes, Maria Célia Sam­paio, des­tacou que o pro­cesso de re­vi­ta­li­zação da fan­farra con­tribui para que es­tu­dantes te­nham uma nova pos­tura em re­lação ao seu com­pro­misso com a es­cola. “As fan­farras con­tri­buem para me­lhorar a dis­ci­plina e a au­to­es­tima dos es­tu­dantes, e tem aju­dado muito na so­ci­a­bi­li­zação dos alunos e no seu com­pro­me­ti­mento com os es­tudos”.

En­quanto or­ga­ni­zava os es­tu­dantes para o início do des­file, a pro­fes­sora Zélia Rocha, res­pon­sável pela fan­farra no Na­varro de Brito, contou que sente muito or­gulho quando vê o pro­gresso dos es­tu­dantes. “Estou com eles há três anos. Che­garam para mim como pedra bruta e, hoje, são di­a­mantes la­pi­dados. Eu acre­ditei neles e eles cor­res­pon­deram, se apri­mo­rando cada vez mais como mú­sicos e como pes­soas. Eles ocu­param o tempo ocioso que ti­nham pelo in­ter­câmbio cul­tural, com muita afe­ti­vi­dade e de­ter­mi­nação”, re­vela a pro­fes­sora.

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