quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Interiorização da Educação Profissional na Bahia

Os/as jovens e trabalhadores/as baianos não precisam mais sair de seus locais de origem para fazer um curso técnico de nível médio de qualidade na capital ou em outra cidade e pagar por isso. O Estado está investindo de forma continua e sistemática na ampliação da oferta de vagas para as cidades do interior. Implantou os Centros Estaduais e Territoriais de Educação Profissional e ampliou a oferta de vagas em mais de 1.000%.

Conheça um pouco mais deste processo de interiorização com este ping pong. O entrevistado é o professor Almerico Lima, superintendente da Educação Profissional do Estado.

1 - Por que a interiorização da Educação Profissional?
Almerico – Porque a Educação Profissional está alinhada, totalmente, às ações direcionadas para o Desenvolvimento com Inclusão Social em todo o estado. Ao interiorizar a Educação Profissional, não esquecemos os grandes centros, mas garantimos que a oportunidade de conseguir uma profissão seja oferecida aos jovens de todo o estado. Deste modo, das 42 mil matrículas que são a meta de 2010, mais de 30 mil são para o interior do estado. Nesse primeiro semestre já temos 40.100 matriculados em cursos de Educação Profissional.

2 - Como ocorreu essa interiorização e qual a relação com os territórios de identidade?
Almerico - A interiorização não ocorreu por acaso. Seguiu a política de divisão territorial do estado e as demandas do PPA Participativo. Também levou em consideração questões logísticas (tamanho da unidade escolar, localização e porte do município, etc.). A expansão foi baseada na criação de Centros Territoriais de Educação Profissional, um para cada um dos 26 Territórios de identidade da Bahia. Foram realizados 12 seminários territoriais para discutir a implantação e os Centros estão instalando os seus Conselhos com a participação de prefeituras, trabalhadores, empresários e movimentos sociais, no qual a presença da Coordenação do Território de identidade é fundamental.

3 - Qual o benefício desta política pública para a juventude e os trabalhadores dos territórios?
Almerico - O objetivo é formar pessoas humanas, trabalhadores e sujeitos de direitos. Os jovens têm uma grande oportunidade de se prepararem para a vida e para o trabalho, simultaneamente. E mais, se preparam para trabalhar em seu município, em seu território, não precisando mais migrar em busca de oportunidades. O desenvolvimento socioeconômico e ambiental da Bahia, assim, beneficia baianos e baianas.

4 - Há uma preocupação de que os cursos preparem os estudantes para além do mercado de trabalho, explica um pouco isso?
Almerico
- Nossos cursos têm o trabalho como princípio educativo, ou seja, preparam para mais do que o assalariamento, mas para um a compreensão da ciência, da técnica e da sua implicação para a sociedade. Também preparam para a possibilidade do formando se tornar um empreendedor individual, ou com os colegas iniciar um empreendimento coletivo e solidário, sempre resguardando os seus direitos à seguridade social. Prepara inclusive para atuar na área pública e no 3º setor, ampliando, deste modo o leque de inserção produtiva, para além do emprego tradicional.

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