quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Socialização de informações sobre o Fórum Mundial de Educação


Como forma de socializar as experiências do Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, realizado em Brasília, de 23 a 27 de novembro, técnicos da Superintendência de Educação Profissional da Secretaria da Educação do Estado (Suprof/SEC) enviaram informações sobre debates, conferências e outras atividades que participaram. Segue colaboração enviada por Uilsenia Matos.


.RESUMO DOS DEBATES

.Educação e Financiamento
Dr. Gabriel Grabowski (Brasil) - Para ele, o financiamento não se resume em colocar recursos para a educação, tem que se pensar nas ações, em discutir as vinculações dos recursos, mais recursos para Educação Profissional. Tem que haver um aumento de demanda no país com expansão de cursos, redefinição do papel do Estado no desenvolvimento da Educação Profissional. A educação profissional fica a desejar no âmbito dos estados e municípios. A responsabilidade de expandir a educação profissional tem que estar localizado em todas as esferas, estadual, municipal e federal.
Drª. Maria Ângulo (Colômbia) - De acordo com Maria Ângulo, a educação na Colômbia é para toda a vida, há ampliação das oportunidades educativas a todos os níveis, buscando continuidade e permanência da pessoa no sistema educativo. Fortalecimento da instituição educativa e educação para inovação e competitividade. Modernização permanente dos setores, fortalecendo a instituição educativa e um uso eficiênte dos recursos. Existem cinco ações que estão revolucionando a Colômbia, associa financiamento a resultados e parceira do setor público com o privado.
Dr. Mariano Enguita (Espanha) - Falou da III Revolução Industrial. 1º manufatura, fábricas (capital e trabalho), 2º Corporação, Taylorismo (diretores e subordinados), 3º NNTT (redes) Informação, qualificação e trabalho intelectual. fez uma retrospectivas desde que começou a Revolução Industrial e todas as fases. Tanto na Espanha como na Colômbia a iniciativa Pública e Privada entram igualmente para a Educação dos jovens, visto que o Estado acredita na obrigatoriedade de dar condições educacionais para os cidadãos. A conclusão é que a EP precisa ser frequentada pelo setor de baixa renda por isso tem que dar condições de continuidade na escola para o aluno através de assintência. O jovem pobre precisa ser financiado socialmente para que ele tenha condições de frequentar as EP. O país precisa de qualificação profissional e para isto ele temque investir.

.Conferência II - Educação, Culturas e Integração
Leonardo Boff (Brasil) - Fala que Terra e Humanidade é uma entidade só. Chegou-se a conclusão que a Terra tem recursos finitos, não tolera exploração infinita. Os recursos da Terra são limitados e se o ser humano não mudar as atitudes a Terra vai continuar, mas sem nós. Temos que respeitar os limítes que temos na natureza. Mencionou as crises como o colapso dos sistema financeiro, aquecimento global. Ele fala que 83% está sendo ocupado por nós de forma destrutiva, 17% está preservado porque o homem tem dificuldade em ocupar. A ciência fez coisas extraordinárias mas fez também armas químicas, biológicas e nucleares que podem destruir a humanidade. A África é um país pobre, mas é menos desigual do que nós. O Brasil é um país mais desigual do mundo, segundo Boff. Ele termina deixando um alerta de que temos que cuidar de nossa Terra, e isto significa em cuidar dela como um todo respeitando tudo que existe nela.
DEBATE 5 -A organização da Educação Profissional e Tecnológica: Um panorama mundial

Drª. Lúcia Machado (brasil) - Lucília Machado diz que quando falamos de Educação Profissional temos que desenvolver alguns pontos como: sensibilidade (as necessidades e demandas sociais), universalidade (direito a toda a cidadania), acessibilidade, integridade. Sustentabilidade (disponibilidade de meios, recursos e condição). Ela colocou alguns passos significativos já alcançados na implantação da Educação Profisisonal: avanços nos ordenamentos jurídicos, a criação da emenda 59, na criação do Sistec, na expansão, interiorização e desmercantilização, criação do Sistec, política de avaliação das EPS, na inovação de modelos (IFETS, Proeja (EPT articulado com eja (Proeja)), ETEC (EPT à distância) et.

Colocou que ainda falta: assistência estudantil para efetivar o princípio de acesso e de permanência do aluno, na certificação profissional, na comunicação com a sociedade e na visibilidade da EPT, política de financiamento da EPT a nível nacional e sub-nacional (nível estadual e municipal), na política de formação e profissionalização de docentes para as EPT. Exceto a Fundeb e Sistema S, segundo ela, não há vinculação costitucional de recursos em conjunto de receitas. Afirma ainda que os Estados e municípios investem prioritariamente no ensino médio e fundamental. Não há políticas públicas para as EPT. No final ela terminou deixando três questionamentos:
1) Quais são os novos contornos e problemas da "dualização" estrutural da educação e como se refletem na organização da EPT?

2) Que movimentos de continuidade e de ruptura assistimos na organização das EPT?

3) Que sentimento e convicções este Fórum nos desperta com relação à organização da EPT?

Drª. Elizabeth Arnold (França) - Na França a educação é para toda a vida do cidadão, a certificação no ensino profissional é reconhecido no mundo todo. A formação tecnológica ela é mais exigente, mais complexa, mas infelizmente as pessoas ainda tratam a formação tecnológica como uma formação de baixo nível. Afirma que esta mentalidade que tem que ser mudada para que se alcance o sucesso na Educação Profissional.

Nenhum comentário:

Postar um comentário