segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Estudantes do CEEP em Controle e Processos Industriais Newton Sucupira promovem I FeiraTécnico-Cultural 2013

Os moradores do bairro de Mussurunga, em Salvador, terão oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a Educação Profissional até quinta-feira (dia 24), das 8h às 21h, quando será realizada a I Feira Técnico-Cultural 2013Os jovens e o mundo do trabalho: o que é que a Bahia tem?”, do Centro Estadual de Educação Profissional em Controle e Processos Industriais Newton Sucupira.

A I Feira Técnico-Cultura 2013 reúne projetos desenvolvidos pelos estudantes dos cursos técnicos em Eletromecânica, Eletrotécnica, Manutenção Automotiva e Manutenção e Suporte em Informática. A perspectiva é a de que os estudantes apresentem à sociedade resultados de ações pedagógicas elaboradas em sala de aula, conforme propõe a Educação Profissional da Bahia que tem o trabalho como princípio educativo e a intervenção social como princípio pedagógico. Outro princípio demonstrado na Feira é a educação integral desenvolvida na Educação Profissional que visa à construção de conhecimentos científicos e técnicos, e de tecnologias sociais na formação dos estudantes.

O chuveiro para banho quente e frio, por exemplo, foi feito por estudantes do curso técnico de nível médio em Eletromecânica. Usando uma placa de alumínio, canos de PVC e garrafas pet, eles montaram duas saídas de água. Uma canalização leva a água para uma caixa de isopor revestida com fibra de vidro fazendo o líquido ficar quente. A outra canalização lança a água em um pote revestido de argila provocando o resfriamento. “É uma tecnologia ecológica, sustentável e influi muito na nossa formação porque este experimento envolve, dentre outras coisas, hidráulica, física, contribui para que a gente pense na aplicação das técnicas para o futuro”, afirmou a estudante Grace Ferreira, 18 anos.

Um outro projeto apresentado será o “Protetor solar de escorpião”, dos estudantes do curso Técnico em Informática, orientados pela professora Rejâne Maria Lira da Silva. Os estudantes observaram a fluorescência dos escorpiões ao simular seu hábitat natural em terrário ambientado (recipiente onde se reproduzem as condições ambientais necessárias para diferentes seres vivos total ou parcialmente terrestres) por meio de uma lâmpada ultravioleta acoplada. “Ao incidirmos a luz ultravioleta, o escorpião floresce porque sua carapaça causa um bloqueio refletindo a radiação. Desta forma, acontece o fenômeno da fluorescência. A pretensão é desenvolver uma camisa para ser utilizada por pessoas albinas, protegendo-as do câncer de pele”, explicou a professora orientadora Rejâne Maria Lira da Silva.

Na pesquisa “Visão infravermelha de serpentes: como estes ‘ditos vilões’ podem nos ajudar”, foi feita uma simulação sobre a visão noturna das cobras. Utilizando técnicas de revelação fotográficas em laboratórios, eles tentam explicar como a serpente pode enxergar no escuro. “Essa simulação é feita usando uma lata que é forrada com papel fotográfico. Na lata captamos luz e em uma câmara escura revelamos a imagem”, explica Patrick Rocha de Oliveira, estudante do curso Técnico em Informática.

A professora Rejâne Maria Lira da Silva acrescenta que na câmara escura, utilizando óculos de visão infravermelho, as pessoas podem visualizar a revelação do papel fotográfico podendo perceber como as serpentes enxergam no escuro. “Assim é possível vermos o fenômeno. Como objetos quentes e seres endotérmicos emitem o comprimento de onda nos raios infravermelhos pela expansão do calor de seus corpos, a visualização é possível, mesmo na ausência completa de luz. Esta técnica já é utilizada em operações policiais para facilitar a identificação de pessoas durante a noite”, afirma.

A pesquisa “DNA tem cor”, realizada pelas estudantes Mirelle de Jesus Teles, do curso Técnico em Eletromecânica, e Michele Nunes, do curso técnico em Informática, orientadas pela professora Sílvia Letícia Bispo dos Santos, demonstra de forma lúdica a importância do DNA e das técnicas da genética molecular para solucionar questões do cotidiano.

A pesquisa foi baseada em uma situação hipotética de um crime. A partir daí, foi possível estudar a “cena”, verificar personagens envolvidos e os elementos, como fios de cabelo e pedaços de cigarro, que seriam determinantes para identificar os culpados por meio do exame do DNA. No laboratório foi reproduzida uma Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), acontecendo a duplicação do DNA, possibilitando a descoberta da identidade do criminoso. “O experimento também permite, por meio da observação, perceber a relação entre a biologia e a física, já que a visualização do fragmento do DNA favorece a percepção das cores: verde, amarelo, vermelho e azul que significam as bases nitrogenadas que compõem o DNA”, explicou a professora Sílvia Letícia Bispo dos Santos acrescentando que a pesquisa objetiva despertar nos estudantes o gosto pela ciência, bem como o entendimento de que a genética está sendo aplicada no cotidiano.

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