Os estudantes do curso técnico em Agropecuária construíram um larvário, utilizado para o cultivo de larvas, que são ricas em proteínas e possibilitam acelerar o crescimento das aves, diminuindo o custo de produção para o pequeno agricultor. Os larvários podem ser de vários tipos e, nesse experimento, foi utilizado um recipiente de plástico. “Retiramos da bacia de plástico o fundo e colocamos uma tela com um milímetro de diâmetro. Neste recipiente, misturamos esterco bovino, ração para aves, ovos e água, com objetivo de atrair moscas, que ao colocarem seus ovos fazem a ovoposição, possibilitando o crescimento das larvas. O experimento foi pendurado no aviário, para que as larvas ao caírem no chão pudessem servir de alimentos para os animais”, explicou Silvia Rocha, professora e articuladora do curso técnico em Agropecuária.
Outra pesquisa do curso técnico em Agropecuária “Produção e o beneficiamento de ração para pequenos rebanhos dos produtores da agricultura familiar” contou com a participação do estudante José Neures Vagner, 22, e de outros colegas, orientados pelo professor Robenilson Gomes da Silva Sena, da disciplina Agricultura Rural. Eles fizeram um levantamento das plantas nativas da caatinga e quais eram usadas nos períodos de seca a exemplo do pau-de–rato, juazeiro, mandacaru, palma forrageira e gliricídia. “Fizemos a desidratação natural da palma e do mandacaru, deixando-as expostas ao sol durante cinco dias até que perdessem sua umidade, da mesma forma, fizemos com a folhagem do pau de rato, do juazeiro e da gliricídia, mas colocando-as em uma lona, exposta ao sol por 24 horas, até atingissem o ponto de fenação. Após este processo, levamos estes materiais para serem moídos. O resultado é a obtenção de uma ração, que possui 18% de proteína, sendo indicada para alimentar animais nos períodos de grande estiagem”, explicou o professor.
O estudante José Neures Vagner, 22, do curso técnico em Agropecuária, conta que aplicou o conhecimento construído, por meio do projeto, na propriedade dos seus pais. “Ensinei este experimento para meu pai, pois costumávamos dar ao rebanho a palma fresca e eles tinham diarréia. Graças a esta ração, eles estão mais saudáveis, com o peso ideal. Meu pai ficou fascinado e o custo é zero, pois tiramos tudo da própria caatinga”, concluiu.
Outros projetos - Do curso técnico em Nutrição e Dietética, o público poderá saborear iguarias do sertão preparadas à base de cacto, a exemplo de pizzas, escondidinho e cocadas. “A palma, que é um tipo de cacto, é rica em cálcio, fibras, ferro e vitamina A, complementos que auxiliam no combate da anemia e estimulam a produção de insulina,” explicou a estudante Dulce Helen da Silva dos Santos, 20.
A turma do curso técnico em Cooperativismo irá explicar procedimentos necessários para abrir uma cooperativa e também relatar a importância das cooperativas no Território do Sisal. Já os futuros técnicos em Administração, irão apresentar o projeto “Administração Service e qualidade de vida”, que reúne uma série de ações voltadas para o cuidado com a saúde de profissionais, seja em instituições públicas ou privadas. A outra pesquisa “Banquete filosófico” busca provocar uma reflexão sobre materialização do trabalho numa perspectiva Marxista, ao unir a arte, a filosofia e gastronomia.
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