Os estudantes do curso técnico em Agropecuária, do Centro Territorial de Educação Profissional da Bacia do Rio Corrente (CETEP), em Santa Maria da Vitória, construíram um sistema de irrigação para aprimorar os conhecimentos construídos no decorrer das aulas da disciplina Irrigação e Drenagem. O experimento, instalado no próprio Centro, oportunizará a realização de aulas práticas de condução de culturas regionais desde o manejo do solo, plantio, controle de pragas e doenças, até colheita. Na área irrigada estão sendo cultivados espécies típicas do Território: feijão catador, feijão de arranca, milho, mandioca, abobrinha, que serão utilizados no preparo de pratos da merenda escolar da unidade.
São vários os tipos de sistema de irrigação
utilizados na agricultura. Para construir este experimento os estudantes
utilizaram o método aspersão convencional, que se aproxima da simulação de uma
chuva. Danilo Alves Pereira, professor
da disciplina Irrigação e Drenagem, explica como é possível confeccionar o
experimento. “Para construir este
sistema é necessário ter um conjunto motobomba movido à energia elétrica, óleo
diesel ou gasolina, que possibilita retirar a água de fontes, a exemplo dos reservatórios,
lagos ou rios. Esta água é conduzida até a lavoura através de uma tubulação que
chamamos de rede mestre e distribuída em tubos de menor diâmetro, conhecido
como ramais, e de emissores que chamamos de aspersores convencionais”. O professor
comenta que para instalar o sistema, o custo varia de acordo com os
equipamentos utilizados, em especial, a bomba.
Andre Andrade, 22, estudante do curso técnico em Agropecuária,
conta que antes de utilizar este método, outros instrumentos tinham sido
utilizados. “Tivemos a experiência de molhar nossos cultivos com regadores e o
resultado não era satisfatório. Com bases nos conhecimentos teóricos e exemplos
práticos, o professor orientou a mim e aos meus colegas que o método por
aspersão seria o ideal neste momento. Sem termos uma fonte de irrigação
eficiente, a água não chega e assim, não alcançamos o objetivo de cultivar os
legumes, as verduras.”
O professor Danilo ressalta a importância da atividade enfatizando
que os estudantes poderão levar os conhecimentos construídos para moradores das
comunidades rurais onde vivem. “Grande parte dos nossos estudantes são filhos
de agricultores familiares. Aprendendo dentro da escola novas práticas de
cultivo, espaçamento, adubação, manejo de irrigação entre outras eles poderão
transferir esses conhecimentos para as suas comunidades o que resultará num
melhor aproveitamento dos recursos existentes em cada local e, consequentemente,
menos desperdício de água, sementes, solos. Por meio da prestação de serviços,
eles também estarão amadurecimento enquanto profissional e cidadão consciente.”
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