Estudantes que participam da II Feira de Ciências e Tecnologias Sociais da Educação Profissional da Bahia estão prestando vários serviços gratuitos à comunidade. Na área de saúde, por exemplo, aferem pressão arterial, fazem teste de glicemia, medem o índice de Massa Corpórea e tipagem sanguínea. A Feira é aberta ao público, das 8h30 às 18h, até amanhã (dia 05), no quarto andar do Centro de Convenções.
Fagner Oliveira, 17, e Éricles Ferreira, 18, do técnico em Análises Clínicas, do Centro Territorial de Educação Profissional do Baixo Sul (CETEP), em Gandu, fazem a tipagem sanguínea e demonstram como a intervenção social é um princípio educativo na Rede Estadual de Educação Profissional. Ao mesmo tempo em que colocam em prática particularidades do futuro exercício profissional, aprendem beneficiando a comunidade. “O teste de tipagem sanguínea parece simples, mas sem isso a pessoa fica impossibilitada de doar sangue, de fazer transfusão. É muito importante saber para não correr riscos”, assegurou Fagner. Os estudantes do técnico em Enfermagem do Centro Estadual de Educação Profissional da Bahia (CEEP) Carlos Correa de Menezes S´Antana, no Nordeste de Amaralina, em Salvador e do CEEP em Saúde Anísio Teixeira também estão realizando estes procedimentos.
Os estudantes do CEEP Bahia, do curso técnico em Cozinha, também prestam serviços à comunidade orientando como reaproveitar alimentos que geralmente são jogados fora. Um dos exemplos é o brigadeiro com recheio da casca de abóbora. “Ao invés do brigadeiro tradicional, essa receita acaba sendo nutritiva e saborosa para as crianças”, afirmou a estudante Ivana Santa Rita. Os estudantes do Técnico em Agroindústria, do CETEP Médio Sudoeste da Bahia, em Itororó, também explicam como fazer compotas de legumes e frutas, agregando valor aos produtos e evitando o desperdício. “Essa troca de experiências com o publico é enriquecedora porque ao mesmo tempo em que passamos informações, também aprendemos”, afirmou Maria de Fátima Dias.
A estudante do curso técnico em Meio Ambiente, Naiara Bastos, do CEEP em Gestão e Meio Ambiente, de Brumado, mostra como é possível fazer detergente líquido com limão, amônia e sabão de coco. Também explica como aproveitar restos de tecidos para fazer panos de prato e caminhos de mesa. “São ações que trabalhamos em diferentes disciplinas e aprendemos como no exercício da nossa profissão precisamos ter cuidado com os resíduos sabendo reaproveitar materiais para reduzir os impactos e o descarte no meio ambiente”, acrescentou.
Os estudantes do CEEP do Campo Milton Santos, em Arataca, apresentam para degustação, iguarias cuja tecnologia social foi desenvolvida durante as aulas do curso técnico em Zootecnia. Um dos exemplos é o frango defumado. “Desenvolvemos uma tecnologia que funciona assim: colocamos uma lata com pó de serra dentro de um tonel. Prendemos a carne a uma distância de aproximadamente 30 centímetros da lata. A carne temperada fica exposta à temperatura daquele ambiente maturando e estará pronta entre 8 e 48 horas a depender do tipo e quantidade”, afirmou Daniel Cardoso, 19 anos. “Aprender essa tecnologia foi muito importante profissionalmente porque agrega valor ao produto. A carne fica mais saborosa, com mais aroma e valor de mercado. Fizemos a experiência com frango e peixe e os resultados foram satisfatórios”, acrescentou. Estas tecnologias serão repassadas para as comunidades e irão contribuir para
gerar renda, por isso se caracterizam como intervenção social.
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