Um dos experimentos é o desidratador reciclável para banana. Para confeccionar a tecnologia, os estudantes utilizaram materiais recicláveis como: garrafas pets e embalagens de leite líquido. “Cortamos o fundo da garrafa pet, introduzimos a embalagem do leite cortada em retângulos e depois tampamos com fita adesiva. Sobre a garrafa colocamos uma tela de nylon com bananas fatiadas e expomos ao sol. Por meio deste processo é possível desidratar as bananas que podem ser utilizadas como ingredientes em panetones, bolos, biscoitos, pães”, explicou a orientadora do projeto, professora Carine Mota Menezes.
Outra experiência desenvolvida pelos estudantes do curso técnico em Agroindústria é o projeto intitulado “Desenvolvimento de embalagens biodegradáveis para alimentos a partir de fécula de mandioca”, orientado pelo professor Alex Ramos. As embalagens são produzidas utilizando papel reciclável, fécula de mandioca e um pouco de cola de PVA. A mistura desses três materiais resulta em um composto que possibilita a confecção de embalagens para armazenamento de alimentos ou vasos para criar mudas de plantas. A estudante Natiele Leite, 17, umas das pesquisadoras do projeto, explica como é confeccionado: “Colocamos a polpa, resultado da mistura do papel reciclável, fécula de mandioca e cola de PVA em moldes e deixamos exposto ao sol. Ao termos as embalagens prontas, realizamos alguns testes físicos para checar a densidade, resistência a tensão e flexibilidade do produto. As embalagens têm ótima resistência e podem ser fabricadas seguindo os mesmos formatos dos produtos que a clientela está acostumada a comprar no mercado”, explicou.
Alex Ramos, orientador dos projetos e professor das disciplinas química analítica e matemática, considera que o projeto de pesquisa é uma forma de incentivar os estudantes a ingressarem no universo científico e é também fundamental no processo de formação dos estudantes. “Nossa escola vem se destacando bastante. Graças aos projetos desenvolvidos na unidade, nossos estudantes já apresentaram trabalhos em seminários internacionais e vários nacionais. É uma oportunidade de demonstrar como estes jovens e trabalhadores recebem uma formação de qualidade e como estão sendo preparados para adentrar no mundo do trabalho”, afirma.
Maria Nelma Porto da Silva, diretora da unidade, ressalta que a interação entre comunidade e escola quebra barreiras e desperta o senso de cooperação entre os estudantes. “A educação precisa ultrapassar os muros da escola, ela não resume apenas a lápis e papel. É preciso trabalhar na perspectiva da construção do conhecimento, tomando como base a própria realidade cotidiana por eles vivenciada e é isso que realizamos aqui”, afirmou.
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