Foto: Arquivo SUPROF |
A Educação Profissional em Tempo Integral, ao tempo que mantém a qualidade pedagógica e diminui a evasão e abandono, reduz a duração dos cursos de Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio de 4 para 3 anos, mantendo a carga horária de 4 mil horas/aula. A permanência na escola também garante a possibilidade de recuperação da aprendizagem no processo e a participação (de forma plena) nas aulas de artes e de educação física, além dos já tradicionais projetos de iniciação científica e de intervenção social.
Durante a reunião, as gestoras receberam textos relativos à Educação Integral no Brasil, tais como: “As cinco dimensões para (re)humanizar a educação”, de Paulo Freire, “Educação Integral e EP”, de Simone Valdete, “Educação Integral e Currículo Integrado”, de Carmem Teresa Gabriel e Ana Maria Cavaliere, “Educação Integral como Política Pública” de Marta Rabelo e “Ampliação do Tempo Escolar e Aprendizagens Significativas”, de Alexcsandro Ramos Machado.
Experiência- Na Rede Estadual de Educação Profissional, a Educação Profissional em Tempo Integral vem sendo aplicada, de maneira exitosa, desde 2013, no Centro Estadual de Educação Profissional em Controle e Processos Industriais Irmã Dulce (CEEP), localizado no município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador.
A iniciativa faz parte do processo de ampliação da oferta de educação profissional técnica de nível médio para adolescentes e jovens, com foco no currículo integrado (56% do total da oferta) e do processo de ampliação da educação integral no estado, metas do programa de governo Rui Costa, assumidas e coordenadas pelo Secretário de Educação, Osvaldo Barreto.
"A Educação Profissional da Bahia começa 2015 com todo gás, permanecendo na busca pela maior qualidade e diversificando a oferta de modalidades. Esperamos que ao iniciar 10 turmas (350 estudantes) em 2015 estamos deflagrando um movimento irreversível que levará a Educação Profissional em tempo integral já em 2016 para todos os territórios de identidade. Com isto diminuiremos a evasão e o abandono e, ao tempo em que mantêm a qualidade, enriquecendo o currículo poderemos atender mais estudantes na rede porque o ciclo será mais rápido. Para tanto serão investidos recursos para garantir alimentação em refeitório apropriado, transporte, funcionamento de sala de convivência, biblioteca, etc. Também será preciso transversalizar ações na SEC, de modo que questões de caráter institucional, estrutural, de pessoal e pedagógico sejam equacionados adequadamente", explicou o professor Almerico Lima, superintendente de Educação Profissional.
Expectativa- Os gestores comemoram a implantação da Educação Profissional em Tempo Integral como mais um desafio para alcançar o aprimoramento do conhecimento do estudante enquanto profissional e ser humano.
Maria Nelma Porto da Silva, diretora do CEEP em Alimentos e Recursos Naturais Pio XII, em Jaguaquara, destaca que irá enriquecer algumas ações realizadas no Centro. “Já vivenciamos alguns projetos e programas que fortalecem a educação em tempo integral, a exemplo do Mais Educação, Pronatec e o Programa de Ressignficação da Dependência. Ser pioneira com esta oferta enquanto Centro de Educação Profissional é um desafio, na perspectiva do sucesso escolar, do prazer em manter o estudante na unidade por aprimorar o processo de ensino aprendizagem, o fortalecimento das aulas práticas e ampliação das práticas científicas.”
Irene Carvalho de Brito Cotrim, diretora do CEEP em Saúde e Gestão, em Guanambi, reforça que o formação irá otimizar o currículo da Educação Profissional. “Com entusiasmo recebemos o convite para pensar e compor as equipes piloto que iniciarão os primeiros trabalhos da Educação Profissional em Tempo Integral no nosso Centro. Já se encontra afinado com a comunidade escolar a proposta da implantação da educação integral que irá ressignificar o tempo do estudante com uma formação mais crítica, mais cidadã, aperfeiçoando o currículo da Educação Profissional”.
Salomé Brito, diretora do CEEP Bahia, em Salvador, também reforça como importante ferramenta de fortalecimento do currículo. “Esse primeiro contato com a proposta foi muito produtiva pela troca de ideias com a perspectiva de implantação da Educação Profissional em Tempo Integral, que oportunizará a aprendizagem dos nossos estudantes ampliando a inserção de atividades lúdicas, esporte e cultura”.
Iara Campos, diretora do CETEP da Bacia do Jacuípe, em Ipirá, destaca a importância para fortalecer o aprendizado dos futuros técnicos de nível médio. “É mais uma ferramenta que fortalecerá o processo de ensino aprendizagem e demonstra a preocupação do Estado em garantir a qualidade do ensino público, possibilitando ao estudante ter uma melhor formação e, consequentemente, mais oportunidade de inserção no mundo do trabalho.”
Debora Beltoso Cruz, diretora do CEEP em Serviços e Processos Industriais Irmã Dulce, em Simões Filho, avalia que a Educação Profissional em Tempo Integral incrementa a formação dos estudantes. “Ela contribui muito que o processo de ensino aprendizagem ocorra de forma completa, permitindo que metodologias sejam desenvolvidas com objetivo de efetivar a interação entre a formação profissional com as áreas da base nacional comum e a formação cidadã.”
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