Os estudantes estão utilizando arruda, aroeira, mastruz, cana de macaco, tapete de oxalá e “benzetacil” que têm conhecidas propriedades medicinais para o desenvolvimento da pesquisa que é orientada pelo professor de parasitologia do CEEP, Florisvaldo Ramos. O objetivo é verificar como estas plantas podem ajudar a curar a esquistossomose, doença crônica causada pelo verme Schistossoma Mansoni que contamina o fígado e o baço causando a morte de milhares de pessoas. “A finalidade do projeto é gerar benefícios para a população de baixa renda, que não tem condições de comprar medicamentos caros e que é a mais prejudicada com esse tipo de doença”, acrescenta.
A pesquisa conta com a parceria da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e o Centro de Pesquisas Gonçalo Muniz (Fiocruz) que está cedendo gaiolas e alimentação para os camundongos e caramujos utilizados na pesquisa, além de reagentes químicos. “O papel do CEEP e o apoio destas instituições é fundamental para a pesquisa, assim como as contribuições financeiras de pais, estudantes e de professores enquanto não formos contemplados com bolsas de pesquisas que estamos tentando viabilizar”, afirma o professor.
Na pesquisa, as plantas passam por um longo processo de tratamento até a fase de testes. São lavadas, desidratadas na estufa, maceradas e enviadas para a EBDA para serem trituradas até virarem pó. Em seguida, são colocadas em uma solução para que os compostos químicos sejam retirados. Por fim, são encaminhadas para a UFBA onde é obtido um aspecto pastoso.
Nesta primeira fase da pesquisa, o estudante lança a pasta da planta que está estudando na água contaminada com as lavras do Schistosoma Mansoni. “Na segunda etapa da pesquisas, esta pasta será injetada nos camundongos que tem uma biologia muito parecida com a humana. Se a pesquisa for bem sucedida nos camundongos a probabilidades de sucesso da aplicação no homem é muito grande”, acrescenta o professor.
A estudante do 3° ano, Vanusa Oliveira, 19, conta que focou sua pesquisa no uso da “benzetacil”. “Com a benzetacil, observamos que a cercária demorava entre 30 minutos e uma hora para ser combatida. Com a aroeira, o resultado foi mais rápido”, disse. “No entanto, é importante prestar muito atenção nesse tempo. Um tempo muito rápido pode causar danos também ao camundongo e um tempo muito lento mostra que a planta não faz efeito, ou seja, não é adequada”, explica. Para ela, participar desta pesquisa é fundamental para seu desenvolvimento no curso e na sua preparação para o mundo do trabalho. “Aprendemos bastante. Pretendo continuar na linha de pesquisa quando me formar”, afirmou.
Érica Mesquita, 27, está no último ano do curso e também pretende focar sua carreira na pesquisa. “Me formo esse ano, estou muito feliz. Foram quatro anos de muito aprendizado. O laboratório me ajudou a definir o que eu quero. Quero trabalhar com laboratório e pesquisa, com certeza! Essa experiência me deu muito conhecimento nessa área”, disse animada. Sobre a pesquisa desenvolvida, a estudante considera que é importante porque contribui também para a comunidade. “É um verme que se estabelece no fígado e que acaba matando pessoas. O nosso estudo pode contribuir para que isso seja evitado”, afirmou.
Com este tipo de pesquisa, os estudantes estão gerando tecnologia social, sustentável que benéfica a sociedade. Iniciativas assim são estimuladas na Educação Profissional da Bahia que objetiva, dentre outras coisas, promover o acesso dos estudantes ao conhecimento científico, sempre articulando teoria e prática com ênfase nas situações concretas de trabalho.
Além disso, a Educação Profissional da Bahia tem as Ciências Naturais, Ciências Humanas e Linguagens como base científica para o aprendizado das tecnologias, o trabalho como princípio educativo e a intervenção social como princípio pedagógico. Ressalta-se, que estas diretrizes e princípios são asseguradas por meio de uma matriz curricular diversificada que visa garantir a formação dos jovens e trabalhadores para uma inserção cidadã na vida social e no mundo do trabalho, de modo que atendam e se beneficiem do desenvolvimento socioeconômico e ambiental dos territórios de identidade onde vivem.
Mais sobre a esquistossomose
O que é a esquistossomose?
É uma doença também conhecida como “barriga d' água”, doença do “caramujo” ou “xistose”, causada pelo verme Schistossoma Mansoni, que ataca principalmente o fígado e o baço.
Como a doença é transmitida?
As fezes humanas são contaminadas pelo ovos do Schistossoma Mansoni. Ao serem liberadas, as fezes contaminam as águas. Em estágio inicial, este verme é chamado de miracídio que contamina os caramujos. O miracídio sofre tansformação e são liberados pelos caramujos na água em forma de cercarias que nadam em diração ao homem, penetram na pele e se deslocam até o fígado ou baço onde se transformam em Schistossoma Mansoni.
Quais os sintomas da doença?
Coceira e náusea, sensação permanente de estômago cheio, vermelhidão na pele, fraqueza, emagrecimento, prisão de ventre e diarréia. Mas em muita gente a doença não provoca reações, só em estado avançado, a pessoa passa a apresentar “barriga d´água”, vômito com sangue, fezes escuras com sangue, fígado e baços aumentados, varizes dentro do esôfago e até paralisia.
Como diagnóstica a doença?
Através de exame de fezes específico que é feito na rede pública de saúde.
Como tratar?
Com medicamento em forma de comprimido, em dose única, que é fornecido gratuitamente pela rede pública de saúde.
A pesquisa conta com a parceria da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e o Centro de Pesquisas Gonçalo Muniz (Fiocruz) que está cedendo gaiolas e alimentação para os camundongos e caramujos utilizados na pesquisa, além de reagentes químicos. “O papel do CEEP e o apoio destas instituições é fundamental para a pesquisa, assim como as contribuições financeiras de pais, estudantes e de professores enquanto não formos contemplados com bolsas de pesquisas que estamos tentando viabilizar”, afirma o professor.
Na pesquisa, as plantas passam por um longo processo de tratamento até a fase de testes. São lavadas, desidratadas na estufa, maceradas e enviadas para a EBDA para serem trituradas até virarem pó. Em seguida, são colocadas em uma solução para que os compostos químicos sejam retirados. Por fim, são encaminhadas para a UFBA onde é obtido um aspecto pastoso.
A estudante do 3° ano, Vanusa Oliveira, 19, conta que focou sua pesquisa no uso da “benzetacil”. “Com a benzetacil, observamos que a cercária demorava entre 30 minutos e uma hora para ser combatida. Com a aroeira, o resultado foi mais rápido”, disse. “No entanto, é importante prestar muito atenção nesse tempo. Um tempo muito rápido pode causar danos também ao camundongo e um tempo muito lento mostra que a planta não faz efeito, ou seja, não é adequada”, explica. Para ela, participar desta pesquisa é fundamental para seu desenvolvimento no curso e na sua preparação para o mundo do trabalho. “Aprendemos bastante. Pretendo continuar na linha de pesquisa quando me formar”, afirmou.
Érica Mesquita, 27, está no último ano do curso e também pretende focar sua carreira na pesquisa. “Me formo esse ano, estou muito feliz. Foram quatro anos de muito aprendizado. O laboratório me ajudou a definir o que eu quero. Quero trabalhar com laboratório e pesquisa, com certeza! Essa experiência me deu muito conhecimento nessa área”, disse animada. Sobre a pesquisa desenvolvida, a estudante considera que é importante porque contribui também para a comunidade. “É um verme que se estabelece no fígado e que acaba matando pessoas. O nosso estudo pode contribuir para que isso seja evitado”, afirmou.
Com este tipo de pesquisa, os estudantes estão gerando tecnologia social, sustentável que benéfica a sociedade. Iniciativas assim são estimuladas na Educação Profissional da Bahia que objetiva, dentre outras coisas, promover o acesso dos estudantes ao conhecimento científico, sempre articulando teoria e prática com ênfase nas situações concretas de trabalho.
Além disso, a Educação Profissional da Bahia tem as Ciências Naturais, Ciências Humanas e Linguagens como base científica para o aprendizado das tecnologias, o trabalho como princípio educativo e a intervenção social como princípio pedagógico. Ressalta-se, que estas diretrizes e princípios são asseguradas por meio de uma matriz curricular diversificada que visa garantir a formação dos jovens e trabalhadores para uma inserção cidadã na vida social e no mundo do trabalho, de modo que atendam e se beneficiem do desenvolvimento socioeconômico e ambiental dos territórios de identidade onde vivem.
Mais sobre a esquistossomose
O que é a esquistossomose?
É uma doença também conhecida como “barriga d' água”, doença do “caramujo” ou “xistose”, causada pelo verme Schistossoma Mansoni, que ataca principalmente o fígado e o baço.
Como a doença é transmitida?
As fezes humanas são contaminadas pelo ovos do Schistossoma Mansoni. Ao serem liberadas, as fezes contaminam as águas. Em estágio inicial, este verme é chamado de miracídio que contamina os caramujos. O miracídio sofre tansformação e são liberados pelos caramujos na água em forma de cercarias que nadam em diração ao homem, penetram na pele e se deslocam até o fígado ou baço onde se transformam em Schistossoma Mansoni.
Quais os sintomas da doença?
Coceira e náusea, sensação permanente de estômago cheio, vermelhidão na pele, fraqueza, emagrecimento, prisão de ventre e diarréia. Mas em muita gente a doença não provoca reações, só em estado avançado, a pessoa passa a apresentar “barriga d´água”, vômito com sangue, fezes escuras com sangue, fígado e baços aumentados, varizes dentro do esôfago e até paralisia.
Como diagnóstica a doença?
Através de exame de fezes específico que é feito na rede pública de saúde.
Como tratar?
Com medicamento em forma de comprimido, em dose única, que é fornecido gratuitamente pela rede pública de saúde.
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