Estudantes da Educação Profissional recebem prêmio por cultivo de ervas medicinais

O Colégio Estadual Casa Jovem II, no município de Igrapiúna, uma das 104 unidades da Rede Estadual de Educação Profissional, recebe, no dia 3 de agosto, o Prêmio Gestão Qualidade Bahia, da Associação Baiana para Gestão Competitiva, pelo Projeto Horto Medicinal. A experiência esteve entre as três apresentadas no 3º Telesseminário de Boas Práticas de Gestão Escolar, em 2011 e reflete o trabalho como princípio educativo e intervenção social como princípio pedagógico. A cerimônia de premiação será às 18 horas, no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, no Stiep, em Salvador.

O Projeto Horto Medicinal envolve diretamente 40 estudantes do curso técnico de Agroecologia. A ideia principal é perpetuar os saberes mais antigos da comunidade, os ensinamentos transmitidos de pai para filho. Antes de implantar o horto, estudantes e professores fizeram a catalogação das espécies e de suas serventias. Para isso, contaram com a parceria da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

“Realizamos pesquisas sobre as ervas medicinais conhecidas e encontradas na nossa região, como menta, hortelã, guaco, alfavaca e cravo. É um movimento que integra a escola à comunidade. Um olhar exclusivamente pedagógico que potencializa os saberes da terra, a cultura popular, o conhecimento dos antepassados”, explica o diretor Ademário Reis. Ele informa que as mudas produzidas em viveiros são doadas aos próprios estudantes e pessoas da comunidade, que dão continuidade ao cultivo em casa.

Família e renda - Com a inclusão da família no projeto, surgem as oportunidades de geração de renda e, consequentemente, a ampliação dos conhecimentos. Para o Técnico Agrícola Ângelo de Jesus, ex-estudante do Casa Jovem II, formado em 2011, a participação no projeto Horto Medicinal significou “uma revolução na vida”. “Convenci minha mãe a me deixar fazer em casa como eu aprendi na escola, porque ela tinha o jardinzinho dela, mas era tudo diferente. Preparei a área com uma cobertura morta de capim seco para conservar a terra adubada e úmida e plantei as mudas medicinais e também as hortaliças”.

Ângelo conta que todos em sua casa já aprenderam a cultivar e aceitam bem as inovações trazidas por ele. “A gente planta, colhe, extrai o óleo da planta, faz xarope. Hoje, até já comercializa, porque mercado aqui é o que não falta, só precisa mesmo aprender a produzir. Acho que todo jovem sonha ter o seu próprio negócio, crescer junto com a família. Eu estou realizando o meu sonho, uma mudança na vida”.

Prêmio - Além do Projeto Horto Medicinal, também receberão Prêmio Gestão Qualidade Bahia a Escola Municipalizada Professor Antonio Gabriel de Oliveira (Morro do Chapéu), com o Projeto Sacola Mágica da Leitura e o Centro Educacional Casa do Estudante (Mucuri), com o Projeto Qualidade Comprovada. A premiação é oferecida pela Associação Baiana para Gestão Competitiva (ABGC).


Fonte: Ascom