Em uma das etapas da pesquisa, os estudantes responderam questões como: por que é importante ter uma boa alimentação e quais alimentos são ingeridos com maior frequência por eles e por pessoas com quem mais convivem? Isso na perspectiva de traçar o perfil alimentar dos estudantes. Em outros momentos, foram realizadas aulas expositivas abordando temas como a importância dos lipídios, dos glicídios e das proteínas, e o que a ausência e a falta destes poderiam causar ao organismo humano. Também foram feitas abordagens sobre a obesidade e a desnutrição, demonstrando como a boa alimentação pode prevenir esta e outras doenças. Visitas de campo à indústria de alimentos também foram realizadas.
Os conhecimentos e as vivências dos estudantes demonstrados por meio deste percurso metodológico e da situação de estudo proposta, videnciaram a importância da formação de professores para os cursos técnicos. “A vivência dessa concepção de ensino pelo grupo propicia uma formação diferente da tradicional, pois os conteúdos de química necessários para aquele nível de ensino foram contemplados a partir de uma situação real e conceitualmente rica sob o ponto de vista das ciências”, avaliam os autores.
Para eles, os estudantes envolvidos na pesquisa deram grandes contribuições no sentido de orientar e nortear a atuação dos professores licenciados na sala de aula. “A formação dos futuros professores passa pela vivência no ambiente escolar e se essa experiência puder ocorrer em diferentes modalidades (ensino médio, educação de jovens e adultos, ensino técnico), isso amplia o capital experiencial dos estudantes. A atuação dos futuros professores no ensino técnico é uma experiência enriquecedora”, pontuam.
A professora Luciana Lima Rodrigues, do CEEP e uma das autoras pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) disse que a pesquisa, ao ser realizada no próprio Centro, também contribuiu para despertar, ainda mais, o interesse dos estudantes pela ciência. Além disso, ressalta a importância da disciplina na matriz curricular de cursos técnicos como o de Nutrição, um dos ofertados pela Rede Estadual de Educação Profissional, dentro do Eixo Tecnológico Ambiente e Saúde.
“O trabalho que a gente faz é mostrar esse lado que a Química tem de bonito. Esse ensino contextualizado faz com que eles despertem o interesse pela Química. Eu já tenho alguns alunos que saíram do Centro, inclusive, do curso de Nutrição e já estão fazendo faculdade de Química. Esta, aliás, é uma área que tem uma demanda muito grande no mundo do trabalho”.
A Rede Estadual de Educação Profissional da Bahia estimula a produção do conhecimento e a articulação entre ciência, tecnologia e sociedade. Deste modo o futuro profissional tem um embasamento teórico do seu saber fazer. Além disso, a interação com as universidades estaduais e a Superintendência da Educação Profissional (Suprof) vem se aprofundando por meio convênios, a exemplo do firmado com a UNEB para a realização de cursos de Especialização em Metodologia de Ensino em Educação Profissional e de Especialização em Gestão da Educação Profissional. Outros convênios foram firmados com a UNEB e a UESC para a Formação de Professores e com a Universidade Estadual de Feira de Santana e o Centro Territorial de Educação Profissional Portal do Sertão envolvendo o curso de Agronomia.
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