quinta-feira, 17 de março de 2011

Violência contra mulher ainda é uma realidade

Catiane Santos Silva, 22, mãe, casada, mulher e moradora do município de Itapetinga, distante 580 quilômetros de Salvador, era uma das/os 16.586 mil jovens matriculadas/os no Trilha/ ProJovem Urbano, programa da Secretaria da Educação.


Assim como Catiane, jovens entre 18 e 29 anos, de 70 municípios do interior da Bahia, estão de volta à escola, concluindo o ensino fundamental (8º série) e se preparando para o mundo do trabalho, por meio da qualificação profissional.

Outra vantagem proporcionada pelo Trilha/ProJovem Urbano é que, durante o curso, o/a estudante recebe uma bolsa-auxílio de R$ 100 por mês e depois poderá continuar sua formação fazendo um dos cursos da Educação Profissional ofertados na rede estadual. Os cursos do Trilha/ Projovem Urbano têm duração de 18 meses.

Infelizmente, no último dia 08 de março, data histórica em que comemoramos o dia Internacional da Mulher, a vida da jovem Catiane foi interrompida. Estava sendo ameaçada por um adolescente que não aceitava vê-la recusar manter um relacionamento amoroso. Assim, foi executada a tiros de revólver. Hoje, ela faz parte das estatísticas de violência contra mulher no Estado da Bahia.


Neste data, em especial, a história nos relembrar que no ano 1857, mais de uma centena de operárias de uma fábrica de tecido de Nova Iorque se mobilizaram na primeira greve conduzida apenas por mulheres. Foram as mulheres do passado que buscaram a igualdade de direitos e de valores entre homens e mulheres.

O espaço político, social, econômico e cultural ocupado pela mulher tem contribuído para o acolhimento da diversidade humana na perspectiva da equidade e da justiça social. A luta das mulheres ultrapassa a conquista do espaço feminino nos diversos lugares de poder e tem conseguido, simultaneamente, construir possibilidades de um mundo melhor para todos e todas.

Não é admissível que na sociedade contemporânea, diante de tanta luta, mulheres morram oprimidas de seus desejos, que a violência contra a mulher prevaleça e predomine.

Estatísticas- Segundo pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo e SESC, em 25 estados brasileiros, a cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas no país e a Bahia é um dos estados com o maior índice de agressão contra mulher.

A pesquisa ainda aponta que o número de mulheres agredidas entre 2001 e 2010 diminuiu. Este mérito é atribuído à Lei de nº 11.340, mais conhecida como Lei Maria da Penha, a qual protege as mulheres que são vítimas de violência doméstica, psicológica, sexual e patrimonial.


A Lei Maria da Penha foi decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 7 de agosto 2006. Se por acaso, a mãe, mulher e estudante Catiane Silva tivesse mais conhecimento sobre ela, certamente poderia não ter sido vítima fatal da agressão.

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